TUDO SOBRE A CASTRAÇÃO DO SEU PET

A castração pet, procedimento que pode ser realizado tanto em machos ou fêmeas, está longe de se limitar apenas a consequências no campo do controle populacional. A cirurgia, conforme especialistas, evita que os pets apresentem tumores de próstata e de mama, além de ajudar a moldar o comportamento dos bichinhos em relação à agressividade e à demarcação de território.

O que é a castração:
A castração consiste em uma cirurgia feita em cães e gatos, fêmeas e machos. Nas fêmeas, consiste na retirada do útero, trompas e ovários. Nos machos, a retirada dos testículos.

Como ela é feita:
A cirugia é feita com anestesia geral, é simples, mas deve ser executada apenas por veterinários devidamente habilitados para tal. O animal não precisa ficar internado e, em torno de uma semana, estará totalmente recuperado.

A cirurgia é arriscada?
Trata-se de um procedimento comum e feito com rapidez por veterinários devidamente capacitados. Importante: como se trata de um procedimento cirúrgico, não pode ser feito em ambulatório ou outros locais.

Quando os cães podem ser castrados:
Os machos devem ser castrados quando os testículos já estiverem formados. Como a puberdade dos animais muda de acordo com seu porte, a idade pode variar, mas, geralmente, com quatro meses eles já podem passar pela cirurgia. Para as fêmeas também vale a regra do porte. No entanto, o que se observa é que o primeiro cio ocorre, na maioria das vezes, aos seis meses.

E os gatos:
Têm praticamente as mesmas indicações dos cães. Machos, em geral, a partir dos quatro meses, ou quando já estiverem com os testículos formados. Fêmeas felinas têm o cio mais irregular, portanto, o mais indicado é procurar um veterinário, que vai avaliar idade e peso do animal.

Como preparar os animais:
O médico veterinário deve solicitar exames de sangue para avaliar a saúde do animal. Em alguns casos, também é importante fazer exames de imagem.

Existe idade limite para castração?
Não existe idade limite para a castração. No entanto, aconselha-se que, quando for feita mais tardiamente (após os 5 anos ), se realize uma avaliação do estado geral do animal (hemograma, função renal, função hepática e ecocardiograma) para saber se não é preciso realizar algum tratamento antes da cirurgia. Essa avaliação indica se o animal apresenta alguma doença como: hipertensão, anemia, insuficiência renal , insuficiência hepática ou algum parasita sanguíneo.

Quais são os benefícios da castração?
Além do controle populacional, a castração ainda tem alguns aspectos terapêuticos importantes. Nas fêmeas, tanto felinas quanto caninas, a cirurgia reduz os riscos de tumores de mama e outras doenças relacionadas ao sistema reprodutor. Machos também podem ter tumores nas mamas, portanto, também são beneficiados pelo procedimento. Outra questão importante entre os machos é que a cirurgia reduz o hábito de urinar pelos cantos. Em felinos, o processo deixa os animais mais caseiros, tanto machos quanto fêmeas.

Os animais mudam o comportamento?
Em cães, isso pode variar de acordo com a raça e com a família na qual são criados. Já os gatos, sim, ficam menos briguentos e mais caseiros.

Como é o pós-operatório?
É preciso cuidar da lesão, evitando que o animal tenha acesso aos pontos. Pode-se usar malhas específicas para cães e gatos e até mesmo colar elisabetano (aquele que parece um abajur).

Os animais engordam após a castração?
Não há uma regra, contudo, a questão hormonal e até mesmo a tendência de ficarem menos ativos faz com que os animais ganhem peso. Durante a consulta com o veterinário, o tutor deve tirar todas as dúvidas, inclusive referentes à alimentação, que deve ter um cuidado especial.

Fêmeas que deram cria podem ser castradas quando?
Considerando que o cio das cadelas ocorre a cada seis meses, após ter filhotes, uma fêmea leva cerca de quatro meses para entrar no cio novamente (a gestação dura dois meses). O ideal, nesses casos, é esperar a cadela desmamar os filhotes e dar um tempo para que os hormônios voltem ao normal antes da castração.

É um procedimento caro?
Isto depende de cada profissional e local. Contudo, o custo da operação será amplamente compensada por futuros custos com alimentação, vacinas, etc. do animal gestante e crias, bem como eventuais complicações no parto ou despesas com cirurgias e medicamentos decorrentes de doenças em animais não castrados.

Fonte: ZH / Adestramentoorg / Gazeta do Povo